A escola, instituição responsável pelo ensino formal, é eminentemente cultural e educacional. Foi idealizada para que todos pudessem se apropriar dos conhecimentos construídos pela humanidade e, por extensão, criar consciências capazes de construir outros tantos conhecimentos. A escola tem o dever de socializar o conhecimento. Portanto, em se tratando de esporte, deve, ao longo de um processo qualitativo, assumir a tarefa de educar: desenvolver capacidades, habilidades e construir atitudes que contribuam para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
O Fátima se preocupa em ensinar mais do que técnicas. Contribui para a emancipação preocupando-se em educar a sensibilidade dos educandos. Valorizando a educação da moralidade das pessoas. O esporte, como a leitura, a matemática e as ciências, é uma produção cultural construída pelos homens. Enquanto patrimônio é direito de cada um. Logo, a escola assume a tarefa de ensinar esporte e todos os elementos da cultura motora para que cada educando amplie suas possibilidades de estar e atuar no mundo. Desse ponto de vista, quem vai à escola tem o direito de educar, além da sua cognição, também a sua motricidade - que inclui a sociabilidade e a afetividade. O ensino do esporte está vinculado ao projeto pedagógico da escola. Logo, a tarefa do professor é dar um tratamento pedagógico para o esporte de tal forma que esse possa caminhar na direção de educar e emancipar os educandos.
No Fátima o esporte é encarado como facilitador da autoestima, da sociabilização, da construção de atitudes, para o desenvolvimento de capacidades e de habilidades. Todas as crianças aprendem esporte se divertindo e, nas inter-relações, constroem atitudes cooperativas. O esporte une, desenvolve a cooperação, espírito de equipe, disciplina e confiança. O desenvolvimento das potencialidades atléticas para o aluno é revertido em capacidade de iniciativa própria, compreensão da necessidade coletiva, confiança, disciplina, integração e a noção de que o bom condicionamento, o esforço a boa preparação, são condições indispensáveis para o sucesso (seja ele pessoal, esportivo ou profissional). Segundo Samulski (2002) a importância da atividade esportiva para o desenvolvimento da personalidade é incontestável. “O esporte é um meio para promover positivamente a disposição para o comportamento social, a estabilidade emocional, a motivação para o rendimento, autodisciplina e força de vontade”.
O esporte escolar contribui para o educando na sua capacidade de liderança, autodomínio, extroversão, comunicação social e no desenvolvimento integral de um individuo (desenvolvimento motor, cognitivo, motivacional, social e emocional), da infância até a fase adulta. A escola, instituição responsável pelo ensino formal, é eminentemente cultural e educacional. Foi idealizada para que todos pudessem se apropriar dos conhecimentos construídos pela humanidade e, por extensão, criar consciências capazes de construir outros tantos conhecimentos. A escola tem o dever de socializar o conhecimento. Portanto, em se tratando de esporte, deve, ao longo de um processo qualitativo, assumir a tarefa de educar: desenvolver capacidades, habilidades e construir atitudes que contribuam para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
As atividades físicas e desportivas têm especial importância para as crianças oferecendo assim uma ampla gama de ações destinadas a preencher construtivamente o tempo livre de crianças e jovens, contribuindo para sua formação e afastando-os das ruas. Desenvolver o cidadão através de práticas esportivas é um método que vem dando certo em todo o país. Afinal, não é de hoje que se escuta falar de crianças e adolescentes que mudam suas vidas e tornam-se verdadeiramente cidadãos de “bem”, após participar de projetos sociais. As experiências com projetos sociais ligados ao Esporte mostram que a atividade física, em especial no que diz respeito aos mais jovens, tem um fator motivador extremamente positivo. Os efeitos são sentidos no dia-a-dia, com crianças e adolescentes mais concentradas nas aulas, disciplinadas e, principalmente, fora das ruas.
O esporte aliado a educação é uma poderosa arma na área da proteção social e resgate de crianças e jovens em situação de risco, pois este se manterá ocupado com atividades prazerosas e não estará ocioso nas ruas ocupando o seu tempo aprendendo o que não deve. Ao negar a alguém o acesso a uma educação de qualidade, se comete uma agressão contra a cidadania, e inegavelmente o esporte e a cultura devem ser favorecidos pois facilitam o processo educativo. Entendo que o esporte, como instrumento pedagógico, precisa se integrar às finalidades gerais da educação, de desenvolvimento das individualidades, de formação para a cidadania e de orientação para a prática social.
A educação através da escrita, da leitura, da sala de aula e da arte tem essa capacidade de formar aquele que participa da vida política, econômica e social de sua comunidade e, consequentemente, de seu país. É neste ponto que entendemos o papel decisivo do esporte, juntamente com a educação, na busca por princípios e valores sociais, morais e éticos. O reconhecimento do esporte como canal de socialização positiva ou inclusão social, é revelado pelo crescente número de projetos esportivos destinados aos jovens das classes populares, financiados ou não por instituições governamentais e privadas. Entretanto é não se pode implementar o esporte apenas como habilidade física ou recreativa. Ele deve ser acrescido à função educacional, incluindo elementos sociais, culturais, comunitários e afetivos. Ao aliar Esporte e Educação de qualidade é possível permitir crianças e jovens se sintam participantes da sociedade, além de possibilitar que eles desenvolvam habilidades de concentração e coordenação motora, fundamentais para o desenvolvimento físico, psicológico e para o processo educacional. O Fátima entende que otimizar a interface existente entre esporte e educação como elementos básicos para a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo é uma estratégia de inteligência e de sucesso!
REFERÊNCIA BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, MEC, 1996.
INCLUSÃO: uma utopia do possível. Revista Nova Escola, n.123, p.14-7, 1999.
SAMULSKI, Dieter Martin, Psicologia do Esporte. 2ª Edição. Editora Manole. Barueri, SP, 2002.